REIMIVALDO RAMOS
REIMIVALDO RAMOS
VIVER SEM DESCULPAS É VIVER O PROCESSO
O processo é doloroso, mas no final de tudo você vai perceber que valeu a pena. Persevere! NÃO DESISTA DOS SEUS SONHOS! Não foi fácil seguir todo o processo, foi desafiador, mas valeu a pena suportá-lo, por este motivo vou falar mais um pouco dos desafios que tiver que enfrentar para vencer:
APAIXONADO POR VENDAS
Quando tinha oito anos, eu pegava esterco de gado e misturava no barro vermelho, aquele que as formigas jogam para fora quando fazem seus buracos. Às vezes era até mordido por elas! Eu colocava a mistura de barro vermelho e esterco em sacolas plásticas de 5 quilos e vendia para os vizinhos adubarem os canteiros das suas hortas.
LOUCURA POR GANHAR UMA GRANA HONESTA
Ainda com a idade de oito anos, colhia sementes de capim para vender aos fazendeiros que moravam próximo da minha casa, mas o mais interessante é que eu colhia as próprias sementes desses fazendeiros e vendia para eles mesmos. Tudo com autorização deles, claro!
TUDO COMEÇA QUANDO ACORDAMOS
Aos treze anos desisti da escola (estava na 5ª série) por motivo de baixa autoestima após perder o meu pai em um acidente de trabalho. Mas aos vinte e cinco acordei, voltei para a escola e hoje sou graduando em Administração de Empresas. Nunca desista dos seus SONHOS.
MEU PRIMEIRO COMÉRCIO
Era um desejo muito grande montar um comércio, então tomei coragem e pedi à minha mãe a sua única geladeira para poder iniciar o negócio. Muito generosa, ela me emprestou a geladeira, ficamos sem tomar água gelada por muito tempo e eu aluguei um pequeno ponto comercial na rua Itaipu, Vila Tavares, em Boa Esperança (ES). Consegui montar um pequeno negócio vendendo bebidas, doces, salgadinhos, ovos cozidos e peixe frito, que eu pescava em uma lagoa próximo da minha casa. Tinha também uma mesa de sinuca para diversão dos clientes que ali iam tomar uma purinha (aguardente). Fiquei com esse comércio até o dia que chegou alguém, gostou muito do meu boteco e me fez uma proposta para comprá-lo. Fiz a venda. A pessoa ia me pagar num prazo de quatro meses, mas o inesperado aconteceu. Ela deu um sumiço em todos os equipamentos, deixou apenas os aluguéis atrasados e a sinuca com muitas fichas utilizadas pelos clientes para eu pagar. Foi um prejuízo muito grande, mas sempre digo: “Não encaro os prejuízos como se realmente fossem isso, pois no mundo dos negócios ou é lucro ou é aprendizado”. E com esse acontecimento aprendi muito, foi uma lição incrível para minha vida.
UMA MUDANÇA RADICAL NA MINHA VIDA
Não acho que devemos fazer o bem apenas esperando que sejamos recompensados, o verdadeiro altruísmo é espalhar amor e gratidão sem esperar nada em troca. Mas uma coisa é fato: a vida sempre recompensa as pessoas que são gratas e generosas e sempre tem uma mão que ajuda, e foi exatamente isso que aconteceu comigo em 1986, no momento em que chegava à minha casa de um trabalho braçal. Durante mais de seis meses tive que levantar de madrugada, ir na carroceria de um caminhão para trabalhar em uma empresa para a qual prestava serviço descascando eucaliptos. Quase não dormia nem tinha tempo suficiente para descansar, pois, como disse antes, precisava sair muito cedo. O trajeto às vezes chegava a ter 150 km até o local de trabalho, mais 150 km para voltar para casa no final do dia, era muito cansativo. Em toda a minha vida procurei sempre repartir o pouco que tive com as pessoas necessitadas, mas nesse dia foi o contrário: já não aguentava trabalhar nesse serviço e uma mão ajudadora me apareceu justamente no momento em que eu colocava no chão o saco de estopa que utilizava para carregar as ferramentas de trabalho. Nele havia um facão, uma catana e uma lima de amolar. Nele também carregava a minha marmita, cuja comida às vezes azedava e eu ficava sem a refeição do dia. Essa pessoa, a mão ajudadora, conhecia os meus pais e me conhecia também, e quando viu o meu sofrimento no momento que arriava o saco no chão, disse: “Reimivaldo, se você quiser, a partir de agora a sua vida vai mudar. Vou conseguir um trabalho para você na lanchonete Ciba Suco”. Eu aceitei e a minha vida realmente mudou a partir daquele dia.
QUERENDO SER MASCATE
Gente, essa é muita loucura, vai vendo! Quando era criança, os mascates costumavam passar aos domingos na casa dos meus pais, que compravam muitas coisas deles a prazo, como roupas para cama, mesa e banho. Eu ficava observando e dizia para o meu subconsciente que um dia iria também vender roupas como aqueles mascates. Passaram-se vinte anos, e olha eu indo à cidade de Colatina (ES) fazer a minha primeira compra de roupa para iniciar aquele tão esperado desejo alimentado na cabeça inocente de uma criança. Da primeira compra, vendi tudo: recebi muitas vendas que tinha feito à vista; as que vendi a prazo não recebi muito, perdi bastante. Na segunda compra fui com mais sede ao pote, comprei muitas roupas, resolvi arrumar sacoleiras e terceirizar o serviço de vendas – só que aí foi o fundo do poço. As sacoleiras venderam bastante roupa fiado e não receberam, e eu precisei arcar com todo o prejuízo. Na época ele foi tão grande que tive que vender um pequeno terreno (lote) meu de 200 m2 para honrar os compromissos. Você acha que eu desisti dos meus sonhos? Claro que NÃO!
TRAJETÓRIA DE REIMIVALDO RAMOS
REIMIVALDO RAMOS – Menino de poucas palavras que teve uma infância restrita, Reimivaldo foi privado de muitos sonhos e brincadeiras, pois desde pequeno a família precisou de sua ajuda. A necessidade fez com que a pequena criança amadurecesse cedo e adquirisse responsabilidade pelo sustento familiar. Reimivaldo sonhou um dia ser MÉDICO ou EMPRESÁRIO, cresceu alimentando esse sonho, não tropeçou em seu desejo de crescer profissionalmente, mantendo-se firme no propósito, rumo ao caminho almejado e atravessando o tempo e as dificuldades. Assim atingiu a maturidade. Não se tornou médico, mas sim EMPRESÁRIO.
Hoje, homem feito e preparado, com muitas conquistas, dentre as quais no Instituto Paulista, ADM e Destaque. Tornou-se gerente de uma empresa na área da saúde, ECONOMIC SAÚDE, além de ter exercido, de agosto de 2002 a agosto de 2004, o cargo de Diretor- -Presidente do Clube de Dirigentes Lojistas (CDL) esperancense depois de angariar a confiança dos empresários do município devido ao prestígio pelo trabalho realizado através de campanhas inteligentes integrando a comunidade, em contínuo desenvolvimento por ter a participação dos membros do clube e das famílias locais, criando assim um objetivo comum: disponibilizar ao município um comércio mais forte, participativo e dinâmico.
Nosso protagonista é alguém, como tantos outros exemplos, que acredita na vida como única, que deve ser vivida da melhor maneira na busca para atingir seus sonhos, especialmente quando em seu coração prevalece a humildade, procurando somar e formar uma grande parceria com as pessoas que o cercam, família, amigos, irmãos em Cristo e a população, objetivo indispensável para o desenvolvimento social em busca de sucesso empresarial e pessoal.
CONHECENDO MELHOR AS ETAPAS DA VIDA DE REIMIVALDO RAMOS
Em 14 de maio de 1969, nascia Reimivaldo Ramos, num lugarejo chamado Córrego do Engano, município de Boa Esperança (ES), filho de Izabel Ramos e Renaldo Ribeiro da Silva. Ambos vieram de família simples. Trabalhavam com todas as forças para conseguir criar com dificuldade o filho Reimivaldo Ramos, até que viessem mais filhos. Com idade aproximada de seis anos, a família de Reimivaldo Ramos tomou a iniciativa de ir em busca de melhores condições de vida, mudando assim para Córrego do Perdido, município de São Mateus. Lá os pais trabalhariam nas terras de seus avós.
Na época as coisas eram muito difíceis, mas com muita persistência e dedicação ao trabalho eles começaram a melhorar. Como todos sempre enfrentaram muitos obstáculos na vida, não desistiram de lutar e aos poucos foram superando as dificuldades.
Com o passar do tempo tiveram que se mudar novamente, mas dessa vez foi diferente: a situação financeira não estava muito boa e eles demoraram um pouco a reconstituí-la. Na época amigos os acolheram. Os pais trabalhavam com o objetivo de comprar um terreno situado no Córrego Cinco Voltas, município de Boa Esperança (ES).
Quando Reimivaldo Ramos tinha oito anos, seus pais conseguiram realizar o maior desejo de suas vidas: comprar um terreno. O filho começou a estudar em Cinco Voltas. Sua primeira professora chamava-se Virgínia Cardoso Sales, a qual sempre o elogiou por suas atitudes e comportamento na sala de aula. Estudava pela manhã, à tarde fazia os trabalhos e montava brincadeiras em que olhava os irmãos menores para que seus pais pudessem trabalhar. Gostava muito de brincar de médico e de comércio, alimentando seu sonho com determinação.
COMO TUDO COMEÇOU
Entre seis e sete anos Lembro-me muito: com idade entre seis e sete anos, eu tinha o costume de brincar de comércio com meus irmãos e colegas. Montava lindos pontos de vendas feitos com a casca do tronco das bananeiras para dizer que eram estabelecimentos comerciais. Recordo-me também que na época existia o Mobral, um ensino para pessoas que se encontravam em atraso na vida escolar. Alguns vizinhos participavam desse estudo e me davam as revistas defasadas, que não usavam mais. Nelas havia figuras de notas de dinheiro que eu recortava, parte delas colocava no caixa e a outra parte dividia com meus irmãos e colegas para brincar de comprar e vender. Acredito que foi nessas brincadeiras que o grande desejo de ser vendedor nasceu em meu coração.
COM OITO ANOS
Foi com essa idade que comecei a vender. Lembro- -me de que andei alguns quilômetros para buscar dois cocos secos na casa de um amigo de meus pais. Eles não me cobraram pelos frutos. Chegando em casa, meu pai descascou os cocos e minha mãe fez algumas cocadas. No domingo haveria campeonato de futebol próximo à igreja que frequentávamos. Coloquei as cocadas em uma lata de alumínio e pedi a minha mãe uma toalha que fosse branca para colocar sobre a lata (no meu pensamento infantil, essa toalhinha representaria cuidado e higiene com as cocadas). Após a celebração da missa, de imediato fui para o campo, onde os jogadores se preparavam para iniciar o jogo e muitas pessoas esperavam para assistir ao jogo. Não demorou muito para vender todas as cocadas. Foi um sucesso!
COM NOVE ANOS
Na época da colheita de feijão, tinha o costume de acompanhar as pessoas que estavam batendo o feijão. Sempre ficavam muitos grãos espalhados na beira do terreiro, que o dono me autorizava a catar. Após conseguir certa quantidade de feijão, eu partia para a feira para vender o que tinha juntado. Muitas vezes conseguia comprar roupas e sapatos com o lucro desse trabalho. Interessante ressaltar que, enquanto catava os grãos, minha mente focava em como venderia o que recolhi, qual estratégia usar.
COM DEZ ANOS
Nessa idade, catava maxixe para vender na feira. Na primeira vez não fui muito bem: vendi apenas duas dúzias e precisei distribuir o restante do saco quase cheio que havia levado para quem quisesse, sem cobrar um centavo. Não desisti, porém. Na semana seguinte, levei mais maxixe e dessa vez foi diferente: vendi todos.
COM ONZE ANOS
Conseguiu o primeiro trabalho fixo em um alambique localizado em Cinco Voltas, onde fazia serviços gerais: cortava cana no campo e tinha a responsabilidade de lavar os litros (ou garrafas) que a empresa comprava. Era costume a criançada juntar litros de bebidas vazios para vender no comércio, sendo esse tipo de venda muito rentável. Mesmo prestando serviço diretamente lá, Reimivaldo conseguia adquirir algumas garrafas com os vizinhos para também vendê-las para a empresa.
RESPONSABILIDADE NA FAMÍLIA
Mas logo outro imprevisto surgiu: um trágico acidente aconteceu com Renaldo, pai de Reimivaldo Ramos, que juntamente com os irmãos ficou órfão. A mãe, Izabel, sem o esposo, teve que trabalhar arduamente para conseguir criar os cinco filhos.
Trabalhou por três anos na BAHIA SUL, Itabatã (BA), onde entrou como servente e chegou a ser promovido a auxiliar de segurança do trabalho devido à preocupação que tinha com os colegas. Trabalhou também por seis anos na FARMÁCIA E DROGARIA BRASIL, cujo proprietário era o Sr. ADILSON CAMARA, onde conquistou grandes amizades e passou a enxergar com outros olhos a necessidade de cada pessoa do município, o que o tornou ainda mais generoso e humilde para com todos. Passada essa fase de sua vida, ele partiu para a empresa ECONOMIC SAÚDE.
Reimivaldo Ramos sempre fez seu trabalho com muito orgulho, dignidade, transparência e sempre procurou valorizar o trabalho que Deus lhe confiou. Aceitou a responsabilidade de ajudar a família com muito amor e dedicação, tendo consciência de que todo o esforço em ajudar a mãe a cuidar da casa e de seus irmãos o fez ser cada dia mais transparente e íntegro.
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Para ele, seu maior orgulho é ter o carinho e a estima da população de Boa Esperança e cidades vizinhas. Sente-se valorizado por suas atitudes e criatividade perante a população, pois sempre procurou estar presente na vida de todos que o cercam, tanto nos momentos festivos e culturais da cidade quanto nos momentos de necessidades individuais de seus amigos.
AGRADECIMENTOS
Devido a todas as conquistas no meio social e profissional, Reimivaldo Ramos agradece em especial a DEUS pelas bênçãos recebidas. Agradece também com muito carinho e respeito a sua mãe Izabel Ramos, pela educação e dedicação que teve na criação dos filhos, e a todos os familiares e amigos que sempre o apoiaram e apoiam na caminhada.
FALE CONOSCO!
NaN |
estamos no ar desde 2003 |
Reimivaldo Ramos |
Redes Sociais | ||
|
|
||